Supermercados Cairú

Em fevereiro de 1977, Garibaldi assistia a inauguração de um pequeno mercado, lá em cima, perto da barragem, quase na saída da cidade. Para a época, era distante, já que a Avenida Independência só havia sido aberta com o traçado atual há pouco tempo.

Poucos moradores, pouquíssimas residências e um trânsito de veículos ainda muito tímido não davam muitas expectativas ao novo empreendimento, que surgiu com as dificuldades impostas à comercialização de farinha, pela instituição do monopólio por parte do Governo.

O moinho foi, durante 35 anos, o indutor para a geração de renda para centenas de famílias. A obrigação de um novo negócio, ainda mais com uma troca radical de setor, gerava incertezas. Mas havia muitos que acreditavam e, visionários, não permitiram que pairasse qualquer dúvida sobre os novos rumos da cooperativa.

Em um pequeno pavilhão, com uma área de 500 metros quadrados, eram dados os primeiros passos do que hoje é um dos maiores supermercados da região.

E a ideia de entrar para a área de comércio surgiu do então diretor-gerente, Lacy Luiz Brugalli, que atuou por 36 anos na Cairú. Ele havia feito uma viagem e conheceu uma cooperativa que estava apostando na abertura de uma área de comércio, tendo grande variedade de produtos.

A sugestão foi bem aceita, porém, o local era um problema. Enquanto muitos associados apoiavam a ideia de instalar-se nas proximidades da rodoviária, para ficar mais perto do centro da cidade, acabou vencendo a tese de ficar próximo ao moinho.

Quatro décadas depois, não há nenhuma dúvida que as decisões foram acertadas. Mesmo enfrentando inúmeras fases de grandes dificuldades econômicas pelas quais atravessava o país, a cooperativa seguiu firme baseada em seus princípios.